O estudo das manchas solares teve início com o primeiro telescópio desenvolvido, o modelo de Galileu Galilei. Galileu foi o primeiro observador das manchas solares em toda a história da humanidade. Através da projeção solar com o seu, para a época, sofisticado equipamento, conseguiu efetuar magníficos registros das manchas solares utilizando o desenho.
Telescópio de Galileu Galilei |
É de suma importância destacar que há uma enorme diferença entre o ato de ver algo e a ação praticada pelo observador. Observar consiste em analisar, extrair dados, efetuar cálculos, obter resultados e gerar estatísticas. Na astronomia, muitos veem, mas poucos observam.
O Sol, nossa estrela mãe, é o objeto da astronomia em que mais se nota variação. Em observações diárias, ele se apresenta como algo de enorme inconstância. Mas, após anos de registros, é possível detectar seus padrões. Estamos falando dos períodos solares.
A cada 11 anos, o Sol passa por um período chamado máximo solar. Nestes períodos, o Sol atinge o auge de sua atividade em um ciclo. Enormes manchas solares e erupções, maiores ainda, são comuns.
Mas, antes de tudo, devemos esclarecer o que são as manchas solares, como se formam e o que elas podem causar ou indicar.
O Sol é uma enorme esfera de gás em altíssimas temperaturas. Ele possui uma grande atividade magnética. Como qualquer esfera de gás que vaga pelo espaço e efetua o movimento de rotação (girar em torno de si mesmo), os seus pólos acabam girando mais rápido do que as regiões mais próximas ao seu equador. Isso gera torções em seu campo magnético. Tais torções geram pequenos campos magnéticos que acabam interrompendo a passagem da energia que vem das camadas mais profundas do Sol. Com isso, ao observarmos a fotosfera solar, podemos ver algumas regiões mais escuras. Se partirmos para uma observação da cromosfera solar, camada superior à fotosfera e de maior extensão, (utilizando um telescópio H-Alpha), poderemos ver os halos magnéticos e, até mesmo, algumas erupções solares. Quando um halo magnético se estende muito, ele acaba se rompendo e gerando uma erupção solar. Tais erupções também são chamadas de ejeções de massa coronal. (a coroa solar é a camada mais externa do Sol. torna-se de fácil visualização durante eclipses).
Neste ponto do texto, já podemos entender o que as manchas solares podem indicar. Algumas pequenas erupções e halos podem ser vistos na faixa do H-Alpha, mas pode ser que não haja nenhuma mancha visível na fotosfera, naquela região, se observarmos a fotosfera solar. As manchas solares são um indicativo das maiores erupções solares. Estas, se atingirem a Terra, podem gerar leves interferências nas redes de comunicação por satélite e, também, podem ocasionar as auroras, vistas nos céus de regiões mais próximas dos pólos da Terra.
Mas é importante ressaltar que erupções extremamente grandes e potentes podem gerar catástrofes.
As erupções solares abrangem todas as faixas do espectro. O Sol, durante tais eventos, ejeta tanto matéria quanto energia e radiação. O que causa as auroras, é o impacto das partículas carregadas, ejetadas pelo Sol, com os extremos do campo magnético da Terra. Esse campo nos protege das agressões solares. Mas o que poderia acontecer se não tivéssemos esse campo magnético?
A resposta para essa pergunta pode ser encontrada em um de nossos vizinhos mais próximos. Aqui mesmo, no Sistema Solar. Estamos falando do planeta Marte.
Marte é um planeta com dimensões inferiores às da Terra e, também, mais distante do Sol. O que gera o campo magnético de um planeta é o seu enorme núcleo de ferro, em altas temperaturas, efetuando rotação. Por Marte ser menor e estar em uma região mais fria do Sistema Solar, acredita-se que seu núcleo tenha esfriado e seu campo magnético perdido a capacidade de protege-lo das agressivas erupções solares. Isso explicaria a existência de desertos de sal e imensos vales e rios secos.
Mas, apesar de agressivas, essas erupções também são necessárias. Elas fortalecem a Heliosfera do nosso Sistema Solar. A Heliosfera é uma camada, composta por matéria e energia, localizada nos extremos do Sistema Solar. É o que marca a nossa ''fronteira'' com o resto da galáxia. Ela nos protege da radiação vinda do resto da galáxia.
Todo o Sistema Solar funciona com base em um equilíbrio. Equilíbrio esse que é guiado pelo Sol. Por esse motivo, o estudo do Sol é de extrema importância. O monitoramento constante dessa estrela nos permite evitar certos inconvenientes como, por exemplo, quedas nas comunicações ou, até mesmo, apagões.
Imagem do dia 10/08/2015 |
O Sol é uma enorme esfera de gás em altíssimas temperaturas. Ele possui uma grande atividade magnética. Como qualquer esfera de gás que vaga pelo espaço e efetua o movimento de rotação (girar em torno de si mesmo), os seus pólos acabam girando mais rápido do que as regiões mais próximas ao seu equador. Isso gera torções em seu campo magnético. Tais torções geram pequenos campos magnéticos que acabam interrompendo a passagem da energia que vem das camadas mais profundas do Sol. Com isso, ao observarmos a fotosfera solar, podemos ver algumas regiões mais escuras. Se partirmos para uma observação da cromosfera solar, camada superior à fotosfera e de maior extensão, (utilizando um telescópio H-Alpha), poderemos ver os halos magnéticos e, até mesmo, algumas erupções solares. Quando um halo magnético se estende muito, ele acaba se rompendo e gerando uma erupção solar. Tais erupções também são chamadas de ejeções de massa coronal. (a coroa solar é a camada mais externa do Sol. torna-se de fácil visualização durante eclipses).
Imagem da NASA |
Mas é importante ressaltar que erupções extremamente grandes e potentes podem gerar catástrofes.
Aurora vista do espaço (fonte:Google) |
As erupções solares abrangem todas as faixas do espectro. O Sol, durante tais eventos, ejeta tanto matéria quanto energia e radiação. O que causa as auroras, é o impacto das partículas carregadas, ejetadas pelo Sol, com os extremos do campo magnético da Terra. Esse campo nos protege das agressões solares. Mas o que poderia acontecer se não tivéssemos esse campo magnético?
A resposta para essa pergunta pode ser encontrada em um de nossos vizinhos mais próximos. Aqui mesmo, no Sistema Solar. Estamos falando do planeta Marte.
Marte é um planeta com dimensões inferiores às da Terra e, também, mais distante do Sol. O que gera o campo magnético de um planeta é o seu enorme núcleo de ferro, em altas temperaturas, efetuando rotação. Por Marte ser menor e estar em uma região mais fria do Sistema Solar, acredita-se que seu núcleo tenha esfriado e seu campo magnético perdido a capacidade de protege-lo das agressivas erupções solares. Isso explicaria a existência de desertos de sal e imensos vales e rios secos.
Imagem obtida pela sonda Mars Express |
Mas, apesar de agressivas, essas erupções também são necessárias. Elas fortalecem a Heliosfera do nosso Sistema Solar. A Heliosfera é uma camada, composta por matéria e energia, localizada nos extremos do Sistema Solar. É o que marca a nossa ''fronteira'' com o resto da galáxia. Ela nos protege da radiação vinda do resto da galáxia.
Todo o Sistema Solar funciona com base em um equilíbrio. Equilíbrio esse que é guiado pelo Sol. Por esse motivo, o estudo do Sol é de extrema importância. O monitoramento constante dessa estrela nos permite evitar certos inconvenientes como, por exemplo, quedas nas comunicações ou, até mesmo, apagões.
Disco solar entre os dias 4 e 13 de agosto |
Pode se dizer que o Sol é um pequeno gigante de constantes inconstâncias. O Sol é muito maior que a Terra, mas está longe de ser a maior estrela do universo. Ele parece estar, diariamente, sofrendo imprevisíveis mudanças, mas, a longo prazo, seus ciclos podem ser facilmente compreendidos.
Muito bom!
ResponderExcluirCaio, excelente!!! Parabéns!!!
ResponderExcluirEstá de parabéns.
ResponderExcluirÓtimo texto, esclarecedor e construtivo.
Haha! Muito bom Caio!!! Parabéns!
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